TENDÊNCIAS JUDAIZANTES
Tendências judaizantes são aquelas inclinações, dentro do movimento cristão, que procuram fazer as pessoas retornarem às praticas que eram ordenadas na Lei do Antigo Testamento. Em uma geração que os referenciais cristãos estão cada vez mais escassos, tem havido uma grande ascensão de doutrinas que acabam por confundir a sã doutrina do Evangelho.
De modo semelhante, em vários outros períodos bíblicos as pessoas passaram por momentos em que o referencial de adoração, conduta e doutrina havia sido – ainda que temporariamente – removido.
É exatamente isso que se pode ver, logo no início do livro de Gênesis, quando os habitantes da terra se afastaram completamente de Deus e o Seu juízo tragou a todos, salvando apenas o crente e fiel Noé (v. Gn. 6, especialmente o versículo 5, combinado com 2Pe. 2.5).
Da mesma forma, houve confusão generalizada na geração seguinte à geração de Josué, conforme se lê em Jz. 2.10-13 em que o povo, por falta de um padrão de conduta, abandonou a vida piedosa e retornou à prática do pecado. Ainda, é dito repetidas vezes no mesmo livro dos Juízes que “não havia rei em Israel e cada um fazia o que parecia bem aos seus olhos” (v. Jz. 17.6). Isso é exatamente o que tem acontecido na atualidade: um povo sem uma direção sábia e comprometida com a Palavra de Deus sendo guiado pelo sabor da vontade de líderes inescrupulosos (v. Ef. 4.14, 1Tm. 4.1-2).
E quantos outros exemplos poderiam ser citados, como na época do fiel rei Josias, na qual o Livro da Lei fora novamente encontrado pelo sumo sacerdote Hilquias e uma reforma doutrinária foi promovida (2Re. 22-23)?
Desta maneira, percebe-se claramente que a confusão na conduta, doutrina e no culto cristão atual foi, e é causada pela ignorância das Escrituras (Os. 4.6) e pela má doutrinação e liderança cristã (2Pe. 2.1-2).
Nos dias de hoje, tornou-se extremamente comum a realização de “atos proféticos”: com o uso de instrumentos judaicos (p.ex. shofar) e a prática de “orar descalço” – em referência a Moisés que retirou suas sandálias por estar na Presença de Deus (Ex. 3.4-5) – a celebração de “festas judaicas” e a utilização de preceitos notoriamente da Lei, como a guarda do Sábado e a utilização de véus.
Será que o Evangelho de Cristo se tornou tão corriqueiro e monótono que novamente é necessário retirar inspiração “dos trapos de imundícia” das obras da Lei (Is. 64.6)? Será que a inspiração e direção Neotestamentária se tornou de tal forma esquecida na Igreja que é preciso retornar aos rudimentos envelhecidos e já inúteis do Antigo Testamento (Gl. 3.24-25)?
O crivo pelo qual todas essas “novas doutrinas judaizantes” devem passar é a doutrina dos apóstolos, conforme apregoado em Ef. 2.20: “Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina”.
Pr. Paulo Júnior
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