"A crise é mais forte, mas não significa que o mundo vai acabar", diz João Carlos
Empresário participou nesta terça-feira (01) de debate com Geraldo Freire,
na Rádio Jornal
Como faz tradicionalmente há 25 anos, o presidente do Grupo JCPM, João Carlos Paes Mendonça, participou de debate com Geraldo Freire, na Rádio Jornal. A conversa nesta terça-feira (1º) contou com participação do editor de Economia do JC, Saulo Moreira, e da diretora de Jornalismo da Globo Nordeste, Jô Mazzarolo. Bem-humorado, o empresário falou sobre crise econômica e política, carga tributária, legado da Copa 2014, infraestrutura e mobilidade.
“O resultado da Copa me surpreendeu para pior. Sou um otimista bem formado. Antes de decidirem construir a Arena Pernambuco eu já dizia que ela não era necessária. Não sou tricolor, mas defendia que um ajuste no Arruda já resolveria o problema para a Copa. O resultado foi que o pernambucano não se beneficiou”, diz.
Com vivência de várias crises, João Carlos se diz preocupado com a dimensão que a recessão está tomando. “Desde os anos 60, quando ainda era muito novo, enfrentei várias crises. Vi a inflação mensal chegar a 84%, mas acredito que essa é a pior situação do último século. Além da inflação, temos outros componentes como desemprego, corrupção e desespero na política. Há uma crise de competência forte”, afirma.
João Carlos observa, ainda, que o ambiente é de desestímulo ao empresariado, em função da desaceleração econômica e da alta carga tributária. Se o empresário não investe não há geração de emprego e renda”, assevera. Ele afirma que o empresariado está apático e se posicionando pouco. “O brasileiro precisa se indignar. Antes os empresários contestavam o governo, mas agora é difícil ver lideranças se colocando e tendo consciência do seu papel”, destaca.
Durante o debate, João Carlos respondeu a perguntas dos ouvintes e terminou a conversa mantendo seu sentimento de otimismo. “A crise está mais forte, mas não significa que o mundo vai acabar. É preciso trabalhar, investir e não ser perdulário com os gastos”, dá seu recado.
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