O Mundo está em chamas, e o Brasil está doente! ”
Carta aberta do Psiquiatra, pensador e escritor Augusto Cury à sociedade, à educação em particular e à escola onde ocorreu a tragédia em Janaúba:
“Um homem emocionalmente asfixiado, insensível e paranoico chega em uma creche com um galão de combustível nas mãos e um isqueiro. É a aproximação do inferno emocional em sua forma mais inumana. E quem se interpõe doando a própria vida para salvar as crianças? Uma professora, uma heroína anônima! Uma educadora que experimentou dores inenarráveis para salvar a vida de muitos pequeninos. Mas ela já fazia isso todos os dias antes da tragédia, dava sua vida pelos meninos, filhos dos outros, quando os ensinava a pensar! Para ela, a decisão de lutar com o assassino não foi difícil: a decisão já tinha sido tomada muitos anos antes, quando ela escolheu dar o melhor de si para formar seres humanos melhores, para dar esperança às crianças deste país que valorizam tão pouco seus mestres e seus alunos! Deveríamos aplaudir menos as celebridades e líderes e ovacionar muito mais os professores e professoras que pensam bem mais nos seus alunos do que no salário e nas condições estressantes de seu trabalho. Uma tarefa dificílima e de alto risco! Pois como debato no livro “O Homem Mais Feliz da História” a era digital transformou-se na era da ansiedade e ser mestre é ser um cozinheiro do conhecimento que prepara o alimento para uma plateia que tem pouquíssimo apetite! Muitos professores adoecem para que seus alunos tenham saúde emocional, adiam seus sonhos para que eles possam sonhar! Quem merece os prêmios Nobel, Oscar e Grammy? São os educadores! Muitos amam o que fazem até as últimas consequências! Mas passam imperceptíveis nessa sociedade onde um celular chama muito mais a atenção do que um mestre formado em décadas! Um computador jamais sentirá medos, solidão, angústias, dúvidas, por isso os educadores são insubstituíveis, somente eles poderão ensinar a viver!
Quanto tempo mais esses heróis e heroínas anônimos serão desprezados nesta falsa sociedade moderna? Quanto tempo mais esses governantes inescrupulosos vão se contentar em fazer discursos vazios no Dia do Professor? Até quando também pais insensíveis, em defesa de seus filhos sem limites, agitados e pouquíssimo empáticos desprezarão o trabalho e a autoridade dos professores? Quando esta nação vai acordar para a importância e para o sofrimento diário desses profissionais? É vital equipá-los socioemocionalmente, é fundamental ter uma educação menos conteudista, racionalista, que somente prepara os alunos para as provas, mas não para serem atores sociais, gestores de sua emoção, empreendedores e líderes de si mesmos! Pobre país que pensa que seu futuro está em máquinas e no capital e despreza seus alunos e seus mestres! Pobre país que não enxerga o assassinato coletivo da infância das crianças: elas têm tempo para tudo, menos para brincar, se reinventar e ter prazer de aprender! Não é sem razão que está havendo uma epidemia de transtornos ansiosos e suicídios! Pobre país em que uma professora precisa ser queimada viva para ser lembrada que era uma estrela no teatro social!
Pobre nação que não entende que quanto pior a qualidade da educação, mais importante será o papel da psiquiatria e da justiça! Ah, se acordássemos!!! Se investíssemos mais na educação e nos educadores veríamos fascinados que muitos de nossos presídios se tornariam museus e muitos hospitais psiquiátricos se converteriam em conservatórios musicais!
O Mundo está em chamas, e o Brasil está doente! ”
Augusto Cury
“Um homem emocionalmente asfixiado, insensível e paranoico chega em uma creche com um galão de combustível nas mãos e um isqueiro. É a aproximação do inferno emocional em sua forma mais inumana. E quem se interpõe doando a própria vida para salvar as crianças? Uma professora, uma heroína anônima! Uma educadora que experimentou dores inenarráveis para salvar a vida de muitos pequeninos. Mas ela já fazia isso todos os dias antes da tragédia, dava sua vida pelos meninos, filhos dos outros, quando os ensinava a pensar! Para ela, a decisão de lutar com o assassino não foi difícil: a decisão já tinha sido tomada muitos anos antes, quando ela escolheu dar o melhor de si para formar seres humanos melhores, para dar esperança às crianças deste país que valorizam tão pouco seus mestres e seus alunos! Deveríamos aplaudir menos as celebridades e líderes e ovacionar muito mais os professores e professoras que pensam bem mais nos seus alunos do que no salário e nas condições estressantes de seu trabalho. Uma tarefa dificílima e de alto risco! Pois como debato no livro “O Homem Mais Feliz da História” a era digital transformou-se na era da ansiedade e ser mestre é ser um cozinheiro do conhecimento que prepara o alimento para uma plateia que tem pouquíssimo apetite! Muitos professores adoecem para que seus alunos tenham saúde emocional, adiam seus sonhos para que eles possam sonhar! Quem merece os prêmios Nobel, Oscar e Grammy? São os educadores! Muitos amam o que fazem até as últimas consequências! Mas passam imperceptíveis nessa sociedade onde um celular chama muito mais a atenção do que um mestre formado em décadas! Um computador jamais sentirá medos, solidão, angústias, dúvidas, por isso os educadores são insubstituíveis, somente eles poderão ensinar a viver!
Quanto tempo mais esses heróis e heroínas anônimos serão desprezados nesta falsa sociedade moderna? Quanto tempo mais esses governantes inescrupulosos vão se contentar em fazer discursos vazios no Dia do Professor? Até quando também pais insensíveis, em defesa de seus filhos sem limites, agitados e pouquíssimo empáticos desprezarão o trabalho e a autoridade dos professores? Quando esta nação vai acordar para a importância e para o sofrimento diário desses profissionais? É vital equipá-los socioemocionalmente, é fundamental ter uma educação menos conteudista, racionalista, que somente prepara os alunos para as provas, mas não para serem atores sociais, gestores de sua emoção, empreendedores e líderes de si mesmos! Pobre país que pensa que seu futuro está em máquinas e no capital e despreza seus alunos e seus mestres! Pobre país que não enxerga o assassinato coletivo da infância das crianças: elas têm tempo para tudo, menos para brincar, se reinventar e ter prazer de aprender! Não é sem razão que está havendo uma epidemia de transtornos ansiosos e suicídios! Pobre país em que uma professora precisa ser queimada viva para ser lembrada que era uma estrela no teatro social!
Pobre nação que não entende que quanto pior a qualidade da educação, mais importante será o papel da psiquiatria e da justiça! Ah, se acordássemos!!! Se investíssemos mais na educação e nos educadores veríamos fascinados que muitos de nossos presídios se tornariam museus e muitos hospitais psiquiátricos se converteriam em conservatórios musicais!
O Mundo está em chamas, e o Brasil está doente! ”
Augusto Cury
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