Alcoolismo e Hereditariedade

A questão da herdabilidade na dependência do álcool já foi objeto de estudo em diversas pesquisas. Análises realizadas com famílias encontraram evidências importantes sobre a interferência de fatores genéticos na transmissão da vulnerabilidade desse vício. Além dos genéticos, existem outros fatores que têm significativa influência no risco de desenvolvimento de um transtorno relacionado com o uso de álcool: idade, sexo, renda familiar, etnia, cultura, política do país em relação a consumo de bebidas e acesso a elas, ambiente familiar, entre outros.

Maior incidência no sexo masculino

De acordo com um artigo da Revista Brasileira de Psiquiatria, diversos estudos encontraram influências genéticas moderadas ou elevadas na dependência do álcool para o sexo masculino, com estimativas de herdabilidade que variaram de 40% a 60%. Para o sexo feminino, resultados mais controversos foram encontrados. Apesar de alguns estudos terem mostrado importante contribuição genética, esse achado não foi confirmado na pesquisa.

Gene do alcoolismo

Uma pesquisa publicada na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences analisou a associação entre o genoma de 26.316 indivíduos, provenientes de 12 populações de descendência européia, e o consumo individual de álcool (gramas por dia e peso corporal). A mesma análise foi replicada em outros 21.607 consumidores de bebida alcoólica. Resultados apontaram que o gene AUTS2 esteve significativamente associado ao consumo da substância. Essa pesquisa pode ser bastante relevante do ponto de vista da prevenção do vício, que pode ser mais focada nos indivíduos com predisposição genética ao alcoolismo, como filhos de dependentes.

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